[SÉRIES] Gotham s01e04: “Arkham” (resenha)

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Neste 4º episódio de Gotham fomos apresentados ao famoso Asilo Arkham, e descobrimos o que há de tão importante nele para as famílias criminosas da cidade, enquanto Jim Gordon investigava uma série de assassinatos cujas vítimas foram membros da câmara municipal. 

ATENÇÃO: a resenha abaixo contém SPOILERS!

A tão anunciada guerra entre as facções criminosas de Gotham City, encabeçada pelas famílias Falcone e Maroni, finalmente explodiu, embora “discretamente”, por hora (afinal, há uma temporada inteira pela frente para ser preenchida com histórias sobre isto).

Já vou dizer um detalhe que me incomodou neste episódio: a arma do assassino de aluguel interpretado por Hakeem Kae-Kazim. Na primeira cena em que ele aparece ela até funciona pelo fator surpresa, mas depois chegou a ser ridículo ver o ator tentando nos convencer de que um cara usando um “quebra-gelo high-tech” era muito ameaçador, especialmente contra DOIS POLICIAIS ARMADOS!!

"Sou imbatível com minha flauta quebra-gelo I-RA-DA..."

“Sou imbatível com minha flauta quebra-gelo I-RA-DA…”

Broxante também foi a conversa entre Jim e Barbara, que finalmente revelou pro nosso futuro Comissário Gordon que ela teve um caso com Reneé Montoya e… isto só serviu pra ela ficar enchendo o saco do cara pra ele contar logo o que fez com Oswald. Sei lá onde os roteiristas pretendem ir com essa história das duas, mas, por enquanto, pareceu só encheção de linguiça sem muita relevância.

E aproveitando a deixa do parágrafo anterior, Oswald continua sendo o personagem melhor desenvolvido pela série até o momento. Embora, neste episódio, eu tenha achado um tanto apressada e conveniente DEMAIS a decisão de Sal Maroni em promovê-lo a gerente do restaurante. Afinal, o cara começou “ontem” como lavador de pratos! E será MESMO que Sal não tem ninguém em quem confie mais pra assumir o cargo? Senti falta de um pouco mais de interações entre Oswald e Sal pra tornar essa promoção dele mais crível.

"Essa foi rápida..." :)

“Essa foi rápida…” 🙂

Enquanto isto, Gordon continua agindo como conselheiro/empregadinho de Bruce Wayne, no que vem sendo uma relação que precisa ser melhor trabalhada pela série, pois já está soando um tanto forçado um policial da idade dele se reportando de tempos em tempos para um menino rico de 12 anos de idade. Falta um tratamento melhor do texto pra tornar isto minimamente plausível. Apesar disto, gostei das cenas de Bruce começando a agir como detetive, investigando o envolvimento de seus pais com o Arkham (apesar de continuar sendo um grande mistério como o garoto consegue documentos tão importantes, mesmo podendo contar com a ajuda de Alfred neste sentido – o que ainda não explica porque o mordomo faz estes favores sem questionar o patrão).

"E agora, o que você quer que eu faça, Bruce?"

“E agora, o que você quer que eu faça, Bruce?” (achei que ele patrão só do Alfred… u.u)

Um dos pontos positivos deste episódio foi graças à equipe de direção de arte da série, que acertou no visual do Asilo Arkham. O lugar tem a atmosfera agourenta que se espera da futura prisão para criminosos insanos, que deve ser uma locação recorrente no futuro da série (assim espero).

Depois da confirmação de que a série terá uma temporada completa de 22 episódios, espera-se (e eu torço muito por isto) que os roteiristas planejem melhor o desenrolar das tramas daqui pra frente. E que eles saibam dividir melhor suas atenções com os outros personagens, que ainda estão servindo apenas como coadjuvantes sem um envolvimento mais interessante, como é o caso de Edward Nygma (Cory Michael Smith), que por enquanto só posou de nerd excêntrico e esquisito do Departamento de Polícia de Gotham, e Ivy Pepper (Clare Foley), que só deu as caras no episódio piloto.

Nota 7,0

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